Cinema,Cultura Serra Pelada na telona

Serra Pelada na telona

Estreia hoje superprodução brasileira que conta a história do ouro, da ganância, das vítimas

Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) na foto de cima. Sophie Charlote e Matheus Nachtergaele, embaixo (foto: Divulgação)

A aventura Serra Pelada, de Heitor Dhalia (À Deriva, O Cheiro do Ralo), com os atores Wagner Moura, Matheus Nachtergaele e Sophie Charlotte, e entra em cartaz no circuito nacional nesta sexta-feira sob grande expectativa. Orçado em R$ 10 milhões, o filme teve locações no Pará e em São Paulo, incluindo filmagens em Mogi das Cruzes, onde foram reproduzidas cenas de extração de ouro na antiga cava (que chegou a uma profundidade de quase 200 metros no auge do garimpo) e em Paulínia, na fazenda São João, onde foi reconstruída a vila dos garimpeiros. Era lá que muitos deles gastavam o dinheiro que ganhavam. Para recriar Serra Dourada, a produção se esmera em mesclar imagens de época com recriações perfeitas e uma maquiagem espetacular. Impedidos de filmar próximo de onde era mesmo Serra Pelada pela Vale do Rio Doce, as filmagens se concentram em quatro cidades de São Paulo e Belém do Pará. A reconstrução com maestria a cidade satélite chamada de “os 30”, onde a bebida, as drogas e a prostituição burlavam qualquer controle por parte do governo militar, que na época interveio em Serra Pelada para controlar a venda e distribuição do ouro encontrado, é outro ponto alto do filme, que contou com 89 atores de apoio e mais 1600 figurantes.

O filme conta a história de dois amigos, Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Júlio Andrade) que saem de São Paulo em direção ao Pará para tentar a vida como garimpeiros de ouro em Serra Pelada, na década de 1980. Em meio a dificuldades, os dois cedem às tentações e se envolvem com o tráfico de drogas e o contrabando de ouro no local que ficou conhecido como a maior mina a céu aberto do mundo.

Wagner Moura em ação no filme: corrupção no garimpo
Como tantos outros garimpeiros, Juliano acaba corrompido pela ganância e pelo poder, tornando-se um gângster na região. Ex-pugilista, ele revela seu lado mais violento em Serra Pelada, o que destrói a amizade com Joaquim – professor que só quer ganhar algum dinheiro e voltar o quanto antes para casa, onde a mulher grávida o espera.
Aos 33 anos de idade, Juliano Cazarré já participou de diversos filmes e produções para a TV, mas vem ganhando espaço nos dois últimos dois anos graças a personagens como o Adauto de Avenida Brasil. Protagonista de Serra Pelada, ele vive o garimpeiro Juliano, personagem tão dúbio quanto o hippie Ninho, que usa expedientes desonestos para se aproximar da filha na novela Amor à Vida. Ele pensa: ‘Se não matar, morro. Então, mato antes’, diz o ator sobre o xará, que vê as pessoas de que gosta se afastarem ao deixa a ganância e o poder subirem à cabeça. de sexo feitas com Sophie Charlotte, estreante em longas: “Foi muito rico ver como ela se transformou na onça que é a Tereza”. “Pode parecer clichê o que vou dizer, mas juro que foi muito mágico esse processo. Cheguei para o primeiro dia de ensaio e estava me alongando quando o Julinho chegou e apertou a minha mão. Imediatamente, iniciamos um exercício se nem nos falarmos. Ninguém havia dito para fazermos isso. Pouco depois, botei Júlio nas costas e subi uma escada como se ele fosse o meu saco de terra (reproduzindo a rotina dos garimpeiros). Descemos e foi a vez dele me colocar nas costas e subir. Cada um fez isso umas dez vezes. Era para cansar mesmo. No teatro, usamos bastante esses exercícios de exaustão. Ensaiamos também uma cena de briga. Tudo sem nos falarmos. Criamos essa amizade assim. A partir daí, foi um prazer trabalhar com ele, um ator inspirado. Se você perde o foco, basta olhar no olho do Júlio que você volta”, conta Cazarré.

Fonte: http://www.bemparana.com.br

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