Política PT registra candidatura de Dilma e estima campanha em R$ 298 milhões

PT registra candidatura de Dilma e estima campanha em R$ 298 milhões

Partido oficializou candidatura no último dia do prazo estabelecido pelo TSE. Registro exige informações de gasto maximo de campanha e programa.

G1, em Brasília

O secretário-geral do PT, Geraldo Magela (dir.), e o advogado da legenda, Gustavo Severo, ao protocolarem a candidatura da presidente Dilma Rousseff e a do vice Michel Temer à reeleição. (Foto: Filipe Matoso / G1)

O secretário-geral do PT, Geraldo Magela (dir.), e o advogado da legenda, Gustavo Severo, ao protocolarem a candidatura da presidente Dilma Rousseff e a do vice Michel Temer à reeleição. (Foto: Filipe Matoso / G1)

O advogado do PT Gustavo Severo protocolou neste sábado (5) o registro da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. O coordenador do programa de Dilma, Alessandro Teixeira, acompanhou Severo no TSE.

Na documentação entregue ao tribunal, o PT estimou em R$ 298 milhões o gasto máximo da campanha – o PSDB de Aécio Neves previu R$ 290 milhões e o PSB de Eduardo Campos, R$ 150 milhões.

Pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira (2) e realizada nos dois primeiros dias do mês mostrou que Dilma tem 38% das intenções de voto; o candidato do PSDB, Aécio Neves, tem 20%; e o candidato do PSB, Eduardo Campos, 9%.

Os partidos políticos e coligações têm até este sábado (5) para oficializar as candidaturas na Justiça Eleitoral. Os pedidos ainda serão julgados pelo TSE, que analisará se o candidato preenche os requisitos para ser eleito, como não ter sido condenado a crimes por órgão colegiado.

Devem constar no pedido declaração de bens, previsão de gasto máxima de campanha, plataforma de governo e certidões criminais fornecidas pela Justiça.

O candidato a vice na chapa de Dilma será o vice-presidente Michel Temer (PMDB), cujo partido oficializou a aliança em convenção em Brasília no mês passado – 59% dos convencionais aprovaram a coligação.

Programa de governo
A plataforma de governo da presidente Dilma, intitulada "Mais mudanças, mais futuro", tem 40 páginas e aborda assuntos como os últimos 12 anos de governo do PT na Presidência da República, desenvolvimento econômico, melhorias na saúde, educação, segurança pública, aspectos relacionados à energia, à ciência e tecnologia, habitação e agricultura familiar.

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Segundo explicou Alessandro Teixeira, coordenador do programa de governo do PT, a regulação da mídia, tema proposto nas diretrizes formuladas pelo partido, não foi incluída no programa de governo da presidente. Segundo ele, é uma questão que pode ser discutida "no futuro".

O secretário-geral do partido, Geraldo Magela, afirmou após protocolar os documentos no TSE que a elaboração do programa contou com a participação das legendas que apoiam a reeleição de Dilma.

"Desde o início, nós deixamos claro que o PT, como coordenador da coligação, ofereceria contribuições, mas o programa de governo é um programa formulado em conjunto com os partidos e, naturalmente, sob a coordenação da nossa presidenta e candidata", disse.

Motivo de embates entre governo e oposição e entre Executivo e Legislativo, os conselhos populares são citados no programa de governo da presidente Dilma como "não conflitantes" com as atribuições do Poder Legislativo. O governo defende a participação dos conselhos nas decisões do Executivo, mas parlamentares argumentam que os conselhos "invadem" as funções do Congresso Nacional.

Custo da campanha
O tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, afirmou que o orçamento de R$ 298 milhões da campanha é "compatível" com a estimativa de gastos. Segundo ele, a meta é arrecadar a quantia com pessoas interessadas em contribuir com a candidatura, além de empresas.

"Na verdade, se nós formos fazer uma correção [na comparação entre a última campanha e esta], o aumento não é tão grande assim. A nossa coligação é a que mais acumula forças políticas, forças partidárias. É uma projeção de gastos baseada nos orçamentos, nos valores de mercado. Portanto, é compatível com aquilo que nós acreditamos que efetivamente custará a nossa campanha", afirmou. Segundo Silva, o partido pretende "racionalizar" custos durante a campanha.

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